O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou novo recurso, nessa quarta-feira (08), e manteve a prisão preventiva do mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues, acusado de instalar uma bomba em um caminhão de combustível, que estava próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022, como protesto contra o resultado da eleição que definiu Lula (PT) como presidente.
Para mantê-lo preso, o ministro acolheu a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que sustentou que a liberdade de Alan Diego coloca em risco o andamento da Justiça e a segurança da sociedade. Além disso, a Procuradoria ressaltou o risco de reiteração delitiva e a gravidade da conduta cometida pelo acusado.
“Diante do exposto, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e, com base nos arts. 312 e 316, ambos do CPP, mantenho a prisão preventiva de Alan Diego Dos Santos Rodrigues”, disse Alexandre de Moraes.
Alan Diego foi alvo das operações Lesa Pátria e Nero, assim como Wellington Macedo de Souza e George Washington de Oliveira Sousa. Ambos respondem pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo, observadas as regras de concurso de pessoas.
De acordo com a denúncia da PGR, no dia 12 de dezembro de 2022, Alan estava no banco do carona de um carro. Em determinado momento, o veículo parou e ele depositou um artefato explosivo no eixo esquerdo de um caminhão-tanque carregado de combustível, que estava nas proximidades do aeroporto. Em seguida, ele fez duas ligações por um orelhão.
No dia 18 de junho deste ano, a PGR ofereceu a denúncia contra ele e no 26 do mesmo mês ele foi preso. Em julho, Alan Diego teve o primeiro recurso negado pelo ministro e no último dia 30 de setembro apresentou novo pedido de revogação de prisão, que também foi negado nessa quarta.
O acusado está preso na unidade prisional de Comodoro.
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