O Tribunal do Júri de Diamantino (MT) condenou José Edson Douglas Galdino Santos a 43 anos, seis meses e 20 dias de prisão pelo assassinato e estupro de Lorrane Cristina Silva de Lima, de 23 anos, em março de 2024. O julgamento foi realizado na última sexta-feira (3) e teve a decisão divulgada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), nessa segunda-feira (6).
José também foi condenado a 10 meses e 15 dias de detenção e ao pagamento de 68 dias-multa. Ele responde pelo crimes de homicídio qualificado, estupro, abandono de incapaz e ocultação de cadáver. Conforme a sentença, ele não poderá recorrer em liberdade.
A decisão estabelece ainda indenização no valor de R$ 50 mil por danos morais para cada um dos dois filhos da vítima, de 5 e 7 anos, que presenciaram o crime e permaneceram por cerca de 48 horas ao lado do corpo da mãe.
José foi preso no Pará, oito dias após o crime, mas esteve presente no julgamento após ser transferido para o estado pela Secretaria de Estado de Justiça de Mato Grosso.
Lorrane foi morta com 12 golpes de faca e, após o homicídio, foi estuprada, segundo a denúncia do MPMT. José ainda trancou os filhos da vítima dentro de casa junto com o corpo da mãe. O caso foi descoberto, após a diretora de uma escola suspeitar da ausência das crianças em sala de aula.
Na época das investigações, o delegado Marcos Bruzzi afirmou que Lorrane e José se conheceram há apenas três semanas antes do crime. Ele já respondia pelo crime de perseguição contra uma ex-namorada.
O assassinato teria sido motivado por ciúmes. As crianças disseram ao delegado que a discussão começou porque o padrasto queria ter acesso ao celular de Lorrane. Após esfaqueá-la, José usou o dedo dela para desbloquear o aparelho.
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