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Um professor de educação física, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Campus Cuiabá, que foi afastado das funções no fim de setembro, após denúncias de assédio sexual contra alunas, já foi denunciado por casos semelhantes dentro da instituição e já acumula 30 denúncias.
O Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso (CREF17/MT) esteve no campus para investigar as denúncias contra o servidor, que pode ter registro profissional suspenso.
Durante a ação de fiscalização, documentos e informações foram recolhidos e agora seguem para análise da Câmara de Julgamentos da entidade. Caso as denúncias sejam confirmadas, o professor poderá ser punido e perderá definitivamente o registro profissional.
O servidor, atua há 25 anos no serviço público e há 13 faz parte do quadro docente do IFMT, em Cuiabá. Ele já havia sido acusado de assédio em outro Campus, em Pontes e Lacerda, de onde foi transferido justamente por denúncias semelhantes.
Em Cuiabá, o professor chegou a responder dois processos por conduta sexual inapropriada, mas acabou absolvido. Desta vez, os relatos e as denúncias ganharam uma proporção, e o profissional já acumula cerca de 30 denúncias.
Pais de alunas procuraram a Polícia Civil e registraram boletins de ocorrência, enquanto a Polícia Federal abriu inquérito para investigar os fatos. O histórico do professor inclui um caso de 2014, quando foi acusado de fotografar estudantes em um vestiário.
Segundo a direção do IFMT, o acusado também atuava como técnico de vôlei e acompanhava alunas em viagens para competições. Ainda segundo o campus eram nessas situações que parte dos episódios teria ocorrido.
De acordo com o coordenador de fiscalização, Júlio Garcia, toda documentação foi entregue ao CREF17/MT, que vai ouvir testemunhas, colegas de trabalho e vítimas para apurar toda conduta do profissional.
O Conselho Regional de Educação Física também informou que continuará acompanhando as investigações e reforçou que o caso será tratado com rigor e transparência, conforme determina a lei.
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