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Tarifas de Trump atingem setores de formas diferentes e obrigam novas rotas

Agro e siderurgia tendem a aumentar mercado na China, mas semimanufaturados podem encontrar mais dificuldades

13/07/2025 às 09h18
Por: Redação H1MT
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Tarifas de Trump atingem setores de formas diferentes e obrigam novas rotas

O anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos obriga a mudança de rotas do setor produtivo, mesmo que de forma heterogênea.

Analistas apontam que algumas indústrias, como agro e siderúrgica, podem buscar novos mercados na China, enquanto áreas de semimanufaturados e produtos químicos devem enfrentar mais dificuldades.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta semana que irá aplicar uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil. A nova alíquota entra em vigor a partir do dia 1º de agosto.

Na leitura do advogado especializado em comércio exterior Celso Figueiredo, o Brasil pode se beneficiar da entrada já estabelecida no mercado chinês e direcionar as exportações taxadas nos EUA para o gigante asiático.

“O Brasil pode fazer campanha de promoção da pauta de exportação brasileira. Isso já acontece bastante pela Apex. Então, muito do que a gente exporta vai se acomodar, já que outros mercados capturam esses itens que deixarão de ser vendidos aos EUA”, diz.

Os itens do agronegócio são usados para alimentar a população chinesa, enquanto o minério é utilizado para a fabricação de itens industrializados e na construção civil local.

O cenário muda para itens com maior valor agregado, que pode ir desde calçados até produtos químicos, que enfrentariam concorrência direta da indústria já estrelecida na China.

"Os produtos brasileiros terão dificuldade de entrada, principalmente os produtos químicos de forma geral e o maquinário. A Embraer talvez tenha uma possibilidade com as companhias aéreas chinesas”, diz o advogado.

Figueiredo pondera que os EUA são dependentes da carne, do café e do suco de laranja do Brasil. Por esse fator, o especialista crê que, mesmo sobretaxados, os mercados norte-americanos continuarão a comprar dos produtores brasileiros.

Para Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais na ESPM, a decisão unilateral de Trump irá reforçar os laços do Brasil com a China, além de ser um "tiro no pé" da própria economia norte-americana.

"O Brasil precisa escolher um outro parceiro comercial para substituir a posição norte-americana e qualquer criança sabe que será a China”, afirma Trevisan.

Trevisan argumenta que, além de pressionar o Poder Judiciário em prol do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no julgamento da tentativa de golpe de Estado, os EUA pretendem dar um recado à América Latina para não se aproximar, política e economicamente, dos chineses.

O especialista complementa: “Quanto mais os Estados Unidos colocarem pressões nesse volume contra o Brasil, mais a América Latina como um todo se aproximará da China. É nesse sentido que eu acho que é um tiro no pé”.

 

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