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Membros de facção lucravam R$ 1,5 milhão por mês com extorsão de comerciantes de água mineral

Esquema era liderado pelo pastor da Assembleia de Deus do Pedra 90, Ulisses Batista, que está foragido

20/03/2025 às 15h11
Por: Redação H1MT Fonte: ReporterMT
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Membros de facção lucravam R$ 1,5 milhão por mês com extorsão de comerciantes de água mineral

Membros de uma facção que extorquiam comerciantes de água mineral em Cuiabá e Várzea Grande, sob ameaças de retaliação, lucravam cerca de R$ 1,5 milhão por mês. O esquema era liderado pelo pastor Ulisses Batista, da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus, do Pedra 90, na Capital, que fugiu para o Rio de Janeiro.

Ao todo, sete criminosos são alvos de mandados de prisão preventiva, no âmbito da Operação Falso Profeta, deflagrada na manhã desta quinta-feira (20) pela Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

O esquema consistia em extorquir donos de estabelecimentos comerciais, que eram obrigados a comprar galões de água apenas da facção, além de pagar uma taxa de R$ 1 por galão vendido. Os criminosos "justificavam" o crime como sendo um benefício para a população.

Para controlar as vendas, os bandidos coagiam comerciantes para que o número de galões vendidos fosse informado corretamente. Outros eram obrigados a mostrar as notas de aquisição das águas, para, em cima destes documentos, pagar as taxas cobradas pela facção. Tudo isso sob ameaças de terem seus comércios incendiados.

Informações das investigações apontam que, ainda em 2025, o valor da taxa seria aumentada para R$ 2 a R$ 2,5 por galão vendido.

“Eles coagiam os comerciantes a respeito de quantos galões eram vendidos. Nas investigações apurou-se uma estimativa, na região onde eles estavam praticando as extorsões, em torno de 1,5 milhão de galões vendidos ao mês. Isso, se você tiver efetivamente o pagamento da taxa de R$1 por galão, é um recurso bem alto de R$1,5 milhão por mês para o Comando Vermelho”, explicou o delegado Rodrigo Azem, titular da Draco.

Ainda segundo as investigações, os integrantes da facção agiam de maneira articulada, com divisão de tarefas. Eles chegaram a criar um grupo de WhatsApp, com mais de 100 membros, que tinha o objetivo de estabelecer o controle sobre distribuidores e comerciantes de diversos bairros de Cuiabá e Várzea Grande.

Eles iniciavam as conversas com tom informal e ameno, evoluindo para o constrangimento caso alguma ordem não fosse acatada e passando a praticar o crime de extorsão majorada, sob a ameaça velada de “conversar pessoalmente” com quem tentasse sair do grupo de mensagens.

O esquema era denominado "Projeto Água 20 LT".

Todos os integrantes do grupo e o líder, pastor Ulisses, possuem extensa ficha criminal com envolvimento em crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e até homicídio.

Ao todo, 30 ordem judiais foram expedidas, sendo sete mandados de prisão preventiva, nove de buscas e apreensão, duas determinações de proibição de exercício de atividade econômica de empresas, cinco sequestro de caminhões utilizados para o transporte de galões e sete bloqueios de contas bancárias, tanto dos alvos quanto dos comerciantes, que podem chegar ao valor de R$ 1,5 milhão.

Segundo o titular da Draco, as empresas que tiveram ordem de proibição de atividade econômica são uma distribuidora, ligada ao pastor foragido, e uma farmácia, ligada a duas pessoas que serão ouvidas pela polícia na próxima semana. De acordo com o delegado, essas pessoas são desprovidas de recurso financeiro e uma delas recebe benefícios do Governo Federal.

As ordens foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) da Capital e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e no Rio de Janeiro (RJ).

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