Abilio aponta dívida de R$ 1,2 bilhão e promete cortar R$ 100 milhões em despesas até abril

Novo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, revelou, nesta quinta-feira (2), em entrevista ao jornal Primeira Página, da Centro América FM, que a prefeitura enfrenta uma dívida estimada em R$ 1,2 bilhão. Por isso, segundo ele, a gestão terá como prioridade os cortes de despesas para equilibrar as contas.

“Nos primeiros 100 dias, precisamos cortar R$ 100 milhões em gastos supérfluos e contratos mal geridos. Essa economia é fundamental para começarmos a colocar a casa em ordem. Ou fazemos isso agora, ou enfrentaremos sérios problemas financeiros ao longo do ano”, afirmou o prefeito.

Menos cargos, mais economia

Entre as primeiras medidas anunciadas está a redução de 30% a 40% nos cargos comissionados, o que deve gerar uma economia mensal de R$ 3 a R$ 5 milhões. Segundo Abilio, cada secretaria foi orientada a reorganizar sua estrutura para viabilizar os cortes.

Ele explicou que secretarias menores, como a de Turismo, terão cortes mais modestos, enquanto áreas maiores, como a de Gestão, poderão enxugar mais significativamente seus quadros.

“Essa economia é necessária para equilibrar as contas e começar a ajustar o sistema da prefeitura”, disse.

Salários atrasados: pagar para destravar a saúde

Abílio também destacou que a regularização dos pagamentos atrasados será uma das principais prioridades da gestão. Ele citou o atraso nos salários dos servidores referentes a dezembro e afirmou que fornecedores de medicamentos e profissionais terceirizados da saúde estão sem receber há meses.

“Primeiro, tem que pagar. Funcionário que está sem receber desde dezembro, empresas terceirizadas que têm médicos que não recebem desde outubro, fornecedores de medicamentos que não recebem desde novembro… Claro que não vão prestar o serviço adequado por estarem meses sem receber. Isso impacta o dia a dia.”

O prefeito enfatizou que é essencial criar um cronograma de pagamentos e garantir previsibilidade: “A pessoa que vai trabalhar tem que saber que dia vai receber. Duvido que qualquer um, inclusive nesta emissora, se ficar com três meses de salário atrasado, vai trabalhar com o mesmo ânimo.”