O professor Pablo Munayco Solorzano, do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), registrou imagens impressionantes de explosões simultâneas no Sol, capturadas ao longo dos últimos dois meses. Utilizando um telescópio refrator com ampliação de 80 vezes e equipado com o filtro Daystar Quark, o professor conseguiu documentar esse fenômeno raro diretamente de Cuiabá.
Essas explosões solares ocorrem quando o Sol atinge seu pico máximo de atividade, algo que acontece aproximadamente a cada 11 anos. Munayco Solorzano explicou que as imagens revelam atividades da cromosfera solar, um fenômeno difícil de capturar sem equipamentos especializados. Segundo ele, o ciclo solar atual está se aproximando de seu ponto de maior atividade, com um aumento previsto até 2025.
O telescópio usado pelo professor, um equipamento avançado e caro, permitiu a captação precisa das explosões solares e manchas solares, invisíveis a olho nu. Além disso, o Instituto de Física da UFMT conta com uma infraestrutura robusta para a observação astronômica, capaz de monitorar tanto fenômenos solares quanto galáxias e nebulosas.
Impacto das Explosões Solares na Terra
Solorzano esclareceu que, embora as explosões solares possam causar um pequeno aumento na temperatura da Terra — cerca de 0,1°C durante períodos de alta atividade solar — esse impacto é insignificante quando comparado às mudanças climáticas provocadas por ações humanas, que já elevaram a temperatura global em aproximadamente 1°C.
Pesquisas da NASA indicam que, durante períodos de baixa atividade solar, a temperatura terrestre pode cair até 0,3°C, mas isso não seria suficiente para contrabalançar os efeitos das mudanças climáticas causadas pelo homem.
O Fenômeno das Explosões Solares
As explosões solares são eventos de liberação de energia intensa na atmosfera do Sol, ocorrendo principalmente nas regiões de manchas solares, onde o campo magnético é mais forte. Essas explosões resultam em grandes emissões de radiação eletromagnética, impactando a Terra de forma sutil.
O número crescente de manchas solares é um indicativo de aumento da atividade solar, como observado nas imagens capturadas pelo professor em Cuiabá.
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