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Pare de culpar o capitalismo. Sua imagem fala antes do seu currículo
A verdade é simples e incômoda: o mercado de trabalho não recompensa apenas quem sabe fazer, mas também quem sabe se mostrar confiável, coerente e estrategicamente apresentável.
07/08/2025 15h00
Por: Redação H1MT Fonte: Por Nathália Fernandes
O vídeo "1 Patrão vs 30 Demitidos", que colocou o empresário Tallis Gomes frente a frente com dezenas de ex-funcionários, viralizou por sua carga emocional, acusações e embates ideológicos. Mas, para além do espetáculo, o episódio escancarou algo que muitos insistem em negar: a imagem importa — no trabalho, nas relações interpessoais e, sobretudo, no mundo corporativo. Desdenhar disso é uma escolha com consequências profissionais reais, ainda que alguns tentem revesti-la de discurso ideológico.
 
No debate, ficou evidente que parte dos ex-funcionários não compreendeu que, no ambiente de trabalho, a forma como nos comunicamos — verbal e não verbalmente — diz tanto quanto nosso currículo. A maneira de se portar, de dialogar, de se posicionar diante de um líder ou de uma equipe faz parte da imagem que cada profissional constrói. E é essa imagem que abre portas, sustenta promoções e mantém a empregabilidade. Competência técnica importa, mas sem presença, postura e inteligência emocional, ela não se sustenta por muito tempo.
 
A verdade é simples e incômoda: o mercado de trabalho não recompensa apenas quem sabe fazer, mas também quem sabe se mostrar confiável, coerente e estrategicamente apresentável. Isso não significa viver de aparências, mas entender que a imagem é uma ferramenta de comunicação — e negligenciá-la é um erro. Líderes que sobem e permanecem em cargos de comando sabem disso. Tallis, mesmo diante de críticas duras, manteve uma postura de autoridade, segurança e clareza. E isso diz muito sobre por que ele estava na cadeira oposta aos demais.
 
É preciso abandonar a ideia de que se preocupar com a própria imagem é futilidade ou submissão ao sistema. Pelo contrário: é maturidade. É entender que profissionalismo não se mede só por entregas, mas também por postura. No mundo do trabalho, a forma como você se apresenta — sua imagem — pode ser a diferença entre ser ouvido ou ignorado, promovido ou substituído. E isso não é injusto. É real.