Muito além das quadras impecáveis e da performance dos atletas de elite, Wimbledon é um espetáculo onde a imagem e o comportamento dos convidados também ganham destaque. Realizado anualmente em Londres, o torneio de tênis mais tradicional do mundo transforma o All England Club em um verdadeiro palco de influência e representação — não só esportiva, mas social e política.
Entre os assentos mais cobiçados do evento está a Royal Box, área reservada para a família real britânica, personalidades políticas, estrelas do esporte e outros nomes considerados relevantes para a sociedade. O acesso ao espaço é feito exclusivamente por convite e, mais do que uma lista restrita, há regras de conduta e vestuário que reforçam o status simbólico da ocasião.
O protocolo é claro: homens devem vestir terno e gravata; mulheres, vestido de tarde ou conjunto elegante. Chapéus, embora tradicionais na cultura britânica, são desencorajados na Royal Box para não atrapalhar a visibilidade do público. Essas exigências não são meros caprichos: representam um código silencioso de autoridade, pertencimento e tradição. Em Wimbledon, a roupa é parte do discurso, uma forma de demonstrar respeito à instituição, à história e ao lugar ocupado por cada convidado.
Num mundo onde a imagem comunica tanto quanto a fala, Wimbledon é um lembrete sutil — porém poderoso — de que etiqueta, postura e dress code continuam sendo ferramentas de afirmação simbólica. Porque, no fim das contas, quem entende de reputação sabe: imagem também é política.