Economia Internacional
China critica tarifas de Trump contra o Brasil e cita “coerção”
Presidente dos Estados Unidos anunciou taxa de 50% contra importações brasileiras a partir de 1º de agosto
11/07/2025 11h38
Por: Redação H1MT Fonte: CNN Brasil

O Ministério de Relações Exteriores da China criticou a medida anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifar em 50% os produtos brasileiros importados pelos EUA.

Em declaração, a porta-voz do ministério, Mao Ning, afirmou que a não interferência de países em assuntos internos de outras nações faz parte dos princípios fundamentais da Carta da ONU.

"Igualdade soberana e não interferência em assuntos internos são princípios fundamentais da Carta da ONU e normas básicas das relações internacionais. Tarifas não devem ser usadas como instrumento de coerção, intimidação ou interferência nos assuntos internos de outros países."

A resposta foi dada após Mao Ning ser questionada sobre as taxas anunciadas pelo republicano contra os produtos brasileiros.

Na quarta-feira (9), Trump anunciou que irá aplicar uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil, a partir do dia 1º de agosto.

O republicano compartilhou a notícia em carta endereçada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na sua rede social, Truth Social. No documento, Trump atribui a cobrança, além de uma relação que diz ser injusta com o país, à postura do STF (Supremo Tribunal Federal) com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Resposta do Brasil

Nesta sexta-feira (11), o presidente dos EUA afirmou que conversará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as tarifas "em algum momento".

O presidente da República disse, na quinta-feira (10), que se não for encontrada uma solução para as taxações anunciadas por Donald Trump ao Brasil até o próximo dia 1º de agosto, a Lei da Reciprocidade será aplicada.

Economistas ouvidos pela CNN apontam cenários, como queda da bolsa, volatilidade no dólar e alta da inflação caso o governo do Brasil decida retaliar as taxações de 50% anunciadas por Donald Trump aos produtos importados brasileiros.