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Tarifaço de até 25% de Trump impõe medo e gera incerteza global
Tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump atinge US$ 1,5 trilhão em importações e entra em vigor nesta terça-feira (4/3)
04/03/2025 08h16
Por: Redação H1MT

O governo dos Estados Unidos está prestes a implementar novo pacote de tarifas sobre importações do Canadá, do México e da China. A medida, que entra em vigor nesta terça-feira (4/3), representa uma das maiores ações protecionistas da gestão de Donald Trump e pode impactar a economia global.

Haverá uma taxa de 25% sobre todas as importações canadenses e mexicanas – à exceção da energia do Canadá, que será tarifada em 10%. No caso da China, esse percentual dobra, passando para 20%. O “tarifaço” será o mais abrangente da era Trump, aplicando-se a cerca de US$ 1,5 trilhão em importações anuais.

As medidas fazem parte de uma estratégia para fortalecer a indústria norte-americana, equilibrar relações comerciais e aumentar a arrecadação do governo.

Mercado e países reagem ao tarifaço

O anúncio das tarifas causou impactos nos mercados internacionais. Na China, as bolsas de valores registraram queda nessa segunda-feira (3/3). O preço do ouro subiu, enquanto moedas asiáticas sensíveis ao comércio com Pequim se desvalorizaram. Nos EUA, o mercado futuro operou em alta, apostando em um possível adiamento das tarifas.

O governo chinês estuda medidas de retaliação, que abrangeriam principalmente produtos agrícolas americanos. Segundo o jornal estatal Global Times, a China pode taxar alimentos e outros produtos agrícolas dos EUA em resposta às novas tarifas.

O Canadá indicou que responderá com medidas equivalentes, caso as tarifas entrem em vigor. O primeiro-ministro Justin Trudeau afirmou que trabalha para evitar guerra comercial, mas, se necessário, adotará resposta “forte, inequívoca e proporcional”.

Entre as possíveis ações, está um imposto sobre a exportação de petróleo para os EUA, medida que poderia afetar diretamente os consumidores do país vizinho.

O México também considera impor tarifas à China como forma de negociação com os EUA. A presidente Claudia Sheinbaum avalia que essa estratégia pode evitar punições comerciais impostas por Trump.