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“Quem paga é a população” diz sindicato sobre aulas adiadas em Cuiabá
Fotos mostram a precariedade e falta de infraestrutura em escolas, citadas pelo prefeito Abilio Brunini (PL) durante a decisão de adiamento das aulas; veja na matéria:
01/02/2025 10h07
Por: Redação H1MT
Reprodução

Irresponsabilidade”: foi assim que o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cuiabá (Sintep) definiu o cenário da falta de infraestrutura nas unidades escolares da rede pública de Cuiabá, fato que levou ao adiamento do início do período letivo deste ano.

Previsto para esta segunda-feira (3), o início das aulas foi adiado para 10 de fevereiro após decisão do prefeito Abilio Brunini (PL), que alegou precariedade na infraestrutura das unidades.

Aulas adiadas

A decisão de adiamento do período letivo foi tomada na noite dessa sexta-feira (31), após uma reunião emergencial entre a prefeitura, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) e o Conselho Municipal de Educação.

O Sintep afirmou que já havia uma preocupação com o cenário escolar e a infraestrutura das escolas desde o ano passado e que uma “falta de conhecimento” sobre como é o funcionamento e organização da Educação para iniciar o ano letivo levou também levou à necessidade de adiar o início das aulas.

“Quem irá pagar por essa irresponsabilidade será novamente a população que já se organizou para o início do ano letivo e, às vésperas, souberam que não iniciará”, disse o Sindicato.

Precariedade e falta de infraestrutura

Segundo o prefeito Abilio Brunini, a decisão foi baseada na falta de infraestrutura nas escolas, agravada pelas fortes chuvas que atingiram a cidade nos últimos meses.

Durante a reunião, Abilio explicou que a gestão municipal ainda não conseguiu contratar empresas responsáveis pela manutenção e limpeza das unidades escolares.

Conforme dados apresentados em coletiva de imprensa nessa sexta-feira, existem 57.516 estudantes matriculados nas 171 escolas de Cuiabá. Desses, 11.231 são crianças que frequentam creches, sendo que existem 2.539 na fila de espera. Não há fila para o ensino fundamental.

Ainda segundo Brunini, há 15 escolas com infraestrutura “crítica” e outras 10 com situação “urgente”.

Nessas unidades, faltam kits de higiene, aparelhos de ar condicionado estão estragados, paredes precisam de reestruturação, faltam utensílios de cozinha, tinta para impressoras, manutenção do forro do teto, faltam mesas e bancos para o refeitórioalém de salas de aulas com alagamentos após as chuvas.